>Soares da Costa vai concorrer ao TGV de Obama

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Florida vai arrancar com a alta velocidade nos EUA. Construtora nacional vai entrar na corrida.

A Soares da Costa está na primeira linha para formar um consórcio e concorrer ao projecto de construção e exploração de uma linha de alta velocidade nos Estados Unidos, no estado da Florida.

Em declaração ao Diário Económico, Pedro Gonçalves, presidente da comissão executiva da construtora, disse que tem "estado presentes em diversas conferências e seminários e desenvolvido conversas com as autoridades estaduais sobre este assunto". "Ainda não temos consórcio formado, mas temos seguido o processo com muita atenção e já abordámos a questão com vários potenciais parceiros internacionais para entrarmos neste negócio", acrescentou Pedro Gonçalves.

A Soares da Costa irá entrar na corrida a este projecto através da sua participada norte-americana Prince, com sede precisamente na Florida. A administração Obama tem em curso um programa de investimentos à reanimação da economia que passa pelo arranque de fortes investimentos em infra-estruturas. A florida, tal como a Califórnia, são, neste momento, os estados norte-americanos mais avançados para seguir um dos paradigmas defendidos pela actual equipa da Casa Branca, que passa pela aposta crescente da ferrovia como pilar alternativo de mobilidade face às rodovias.

"A administração Obama está apostada em inverter a primazia da rodovia e a Florida deve ser um dos primeiros estados norte-americanos a ter uma linha com características de alta velocidade. Numa primeira fase, o projecto deverá fazer a ligação entre Tampa e Orlando, e mais tarde, até Miami", explicou Pedro Gonçalves.

Este é um projecto em que a Soares da Costa vai beneficiar do facto de ter ganho o contrato de construção e exploração o primeiro de torço de TGV, entre Caia e o Poceirão, cuja intenção de adjudicação foi anunciada no passado sábado pelo primeiro-ministro José Sócrates e e pelo ministro das Obras Públicas, António Mendonça.

"Temos de ter a noção de que se não formos prefeitos na nossa terra, não conseguiremos ter sucesso em terra alheia", defende o administrador executivo da Soares da Costa. O excelente cartão de visita que a vitória no primeiro concurso de alta velocidade representa para Soares da Costa vai também ser aproveitado pela construtora para entrar noutros mercados geográficos.

Além da grande oportunidade que deverá surgir nos Estados Unidos entre 2010 e 2011, a Soares da Costa está a seguir atentamente as hipóteses de negócio que a alta velocidade deverá também proporcionar no Brasil. Pedro Gonçalves realça que também aqui não há nenhuma decisão tomada, mas confirma que a empresa está a seguir atentamente o projecto que o governo de Lula tem previsto para ligar o Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, que deverá estar operacional a tempo do Mundial de Futebol de 2014. "Podemos criar parcerias ou entrar no mercado brasileiro através da compra de uma empresa local", adianta Pedro Gonçalves.

Outro país que a Soares da Costa está a estudar com bastante atenção é a Índia, "que tem uma dimensão enorme para a nossa escala". Neste caso, não são só os projectos ferroviários que estão na ira da construtora portuguesa, mas também os negócios potenciais no sector rodoviário.

ineconomico.pt

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